tav/subterraneo.txt

72 lines
9.2 KiB
Plaintext

Subterrâneo
narrador:**(Prólogo)**
Em um ambiente úmido e sombrio, as chamas dos lampiões iluminam parcamente duas figuras. O movimento repetitivo dos corpos poderia sugerir que se tratassem de máquinas ou objetos controlados por magia, repetindo ininterruptamente um ciclo mecânico. O som as pás que rasgavam o solo, vez ou outra se chocando contra as pequenas pedras mergulhadas na terra, era monótono e hipnotizador. Pequeno volume de terra iam sendo retirados do caminho, jogado para o lado, acumulando-se em pequenos montes. As criaturas já trabalhavam a tanto tempo que atrás deles, duas miniaturas de cordilheiras já haviam sido criadas, uma de cada lado. E entre elas, uma passagem limpa e plana se desenhava. Abria-se uma estrada, no fundo da terra, no interior da montanha. Por sobre o caminho onde aqueles trabalhadores ainda passariam via-se, no fundo do vale, a estrutura colossal de um arco elíptico de pedra. Ao lado, outros trabalhavam na limpeza da gema azulada que daria vida àquele milagre mágico. Os dois trabalhadores continuavam concentrados em seu esforço repetitivo. A luz do fogo fazia brilhar as muitas gotas de suor que cobriam suas peles brancas. De repente, um deles para para descansar e ergue o corpo, como se quisesse desfazer o que as horas debruçado sobre o peso de uma pá de terra havia provocado em seu corpo.
*- Ufa! Mais algumas horas e deixaremos a estrada pronta. O Capitão vai ficar satisfeito dessa vez. Nada de ração dividida, espero.*
O outro, incentivado pela pausa do companheiro, também pára, descansando o braço sobre a pá apoiada no chão.
*- Pode ser, mas ouvi dizer que quem manda aqui é o "cavalo". Será que aquilo vai ficar satisfeito?*
O primeiro deu de ombros. Olhou mais uma vez para o arco no fundo do buraco.
*- Rapaz, não sei o que esse povo está pensando em trazer pra cá, mais pelo tamanho daquele portal... oh... é enorme!*
*É...* - limitou-se a responder o outro.
Voltaram a trabalhar. De novo o som das pás batendo de forma rítmica. De novo o brilho das gotas de suor. De novo o cheiro repugnante e agourento dos HUMANOS.
**(@Subterrâneo | Rodada 01)**
A noite silenciosa pairava sobre as Pradarias enquanto a patrulha se aproximava do vilarejo de Carvalho Velho. Três longos dias de viagem haviam se passado e o cansaço já começava a incomodar as pernas dos quarto oficiais do Rei Fauno. As ordens que cumpriam agora, dadas por escrito pelo arauto do rei, especificavam que os rumores da presença de humanos na região do vilarejo precisava ser investigada. Quanto mais informações eles obtivessem, melhor. As máximas do Reino continuavam valendo: matem os humanos que encontrarem e recuperem a gema do portal, se houver. Ao longo de todo o dia eles se guiaram pela fumaça das chaminés do vilarejo, garantindo que estavam indo na direção certa.
Courageux, Luthien, Razor e Bram haviam formado essa patrulha há pouco tempo. Todos já haviam cumprido ordens do Rei Fauno anteriormente, individualmente e sempre para assuntos menores. A suspeita da presença de um grupo grande de humanos em uma região era algo mais relevante. O grupo vinha do vilarejo de Morro Baixo, nas Pradarias, onde se encontrara por acaso numa taverna e começaram a discutir a possibilidade de formação da patrulha. A chegada do arauto do rei foi providencial: formaram o grupo, ainda sem nome, e aceitaram a missão. A longa jornada até ali permitira que conversassem bastante e, embora não fossem ainda íntimos, já estavam bastante a vontade com a presença uns dos outros. Caminhavam tranquilamente e discutiam as possíveis alcunhas para aquela tropa.
Luthien andava junto aos companheiros, observando os arredores com atenção a qualquer sinal da presença de humanos.
Deve ser fácil identificar a passagem de humanos, eles não tem nenhum apreço ou respeito pela natureza pensava.
-Que acham do nome 'A comitiva do Rei'?
O anão andava um pouco atrás dos companheiros, fumando seu cachimbo. Ao ouvir a sugestão de Luthien ele disse:
- Nah, fica parecendo que a gente está carregando o Fauno pra lá e pra cá. Tem que ser uma coisa mais impactante, tipo 'Caçadores de humanos'!
Courageux havia tomado a frente, ele observava o local, sentia que algo poderia dar errado, ouvindo seus companheiros falando, ele diz:
-os dois nomes são legais mas por mim tanto faz o nome
- quem disse que a gente vai caçar só humanos? vamos com uma coisa mais agressiva: PREDADORES!
narrador: **( @S | Rodada 02)**
Na baixa luminosidade daquela noite de lua nova, não era mais possível ver a fumaça que havia guiado o trajeto ao longo do dia. Entretanto, era possível sentir o cheiro da fumaça. Agora que estavam mais perto do vilarejo, os elfos Luthien e Courageux começaram a sentir algo de diferente naquela fumaça: o cheiro não era apenas de lenha. O cheiro que começaram a perceber era de uma queimada ou um incêndio, um fogo que consumia mais do que a madeira seca utilizada como lenha. Com seus olfatos menos sensíveis, Razor e Bram não perceberam esse fato.
Dando um suspiro de cansaso, sentia o ar entrar pelas suas narinas e sair pela boca, ele sente o cheiro de fumaça, pensando que aquilo podia ser causado tanto por vausa de vandalos quanto uma queimada natural, ele não bota tanta fé e diz para seus companheiros:
-fiquem atentos, tem fogo por perto...não sei dizer se foi natural ou não
Ele diria começando a olhar para todos os lados
Percebendo a diferença no ar, Luthien procura identificar melhor a direção do fogo e tenta estabelecer algum parâmetro da distância entre eles e as chamas.
Inspirando profundamente ele tenta identificar melhor o cheiro, na esperança de poder dizer o que estava sendo queimado.
Seria apenas madeira e mato? Ou algo mais?
Razor saca sua espada e escudo e fica em posição de combate diante do alerta de Courageux e falou: Não estou sentindo cheiro nenhum.
- Também não sinto cheiro de nada. Será que esse tal cheiro não vem da própria vila? Já estamos perto., disse Longstrider.
narrador: **( @S | Rodada 03)**
Razor se afasta um pouco do grupo e procura uma árvore para subir. Ele sobe alguns metros, mas escorrega, não conseguindo chegar até a copa. Do lugar onde está, ele não consegue ver nada além da floresta escura. Luthien se concentra um pouco para tentar identificar os odores. *Sim... madeira, mas também tecido, palha e... carne*, ele diz a si próprio em pensamento. Eles seguem caminhando e chegam à bifurcação da estrada que leva ao vilarejo. Uma placa, iluminada por uma tocha, costumavam ficar ali. A tocha está apagada, jogada no chão. A placa de madeira está partida ao meio. Não se ouve ruído algum vindo do caminho que segue para Carvalho Velho. Um arrepio percorre os quatro oficiais do Rei Fauno. Talvez eles tenham chegado tarde demais.
Antes que seus companheiros ousassem pisar no local ele diz
-Lembrem que tudo pode acontecer...fiquem atentos
Ele saca o arco, andando na frente de seus companheiros, pensando que qualquer coisa podia acontecer, ele pensa em uma formação
Razor, cuide da Reta-guarda, Bram, cuide da direita, Luthien, cuide da esquerda e eu fico de olho na frente
Longstrider segura seu cajado com a duas mãos, pronto para um possível combate. Ele sugere aos companheiros:
- Vamos sair da estrada e nos aproximar do vilarejo pela floresta!
Falando baixo, Razor diz: sou obrigado a concordar com o baixinho, vamos nos proteger na floresta e chegar furtivamente.
Luthien pega sua arma e se coloca em prontidão. Falando para os companheiros enquanto sai da estrada.
- Fiquem atentos e estejam preparados. Acredito que veremos muito mais que algumas casas e árvores queimadas!
- Senti cheiro de carne queimada!
narrador: **( @S | Rodada 04)**
O grupo sai da estrada e começa a avançar paralelamente a ela em direção ao vilarejo. Não se ouve ruídos na estrada, mas a baixa luminosidade e a cobertura das árvores não permite enxergá-la de fato. A medida que os oficiais do Rei Fauno aproximam-se, a cheiro de fumaça aumenta. Os estalidos das chamas já podiam ser ouvidos claramente e a luz das chamas atravessava as frestas entre as árvores. Não havia dúvidas de que Carvalho Velho estava em chamas. Avançaram o máximo possível e já era possível ver a paliçada e a entrada do vilarejo. Os portões estavam abertos, via-se o fogo em algumas construções do lado de dentro e várias colunas de fumaça subiam. Não havia sinal de sentinelas na entrada nem movimento de pessoas.
**Se vocês quiserem entrar pelo portão tentando se esconder de possíveis observadores, façam testes de Furtividade (Físicos+Mental, dif.8 para Courageux e dif.10 para os demais). Se vocês quiserem escalar a paliçada, façam um teste de Esportes (Físicos+Físicos, dif.10). Para usar o gancho/corda do Armeiro, um de vocês deve fazer um teste de Arremesso (Físico+Sensorial, dif.8 para Bram e dif.10 para os demais) para prender o gancho e todos devem fazer um teste de Esportes para escalar, agora com dif. 9. Se vocês quiserem fazer algo diferente, expliquem. Lembrem-se de que os personagens precisam conversar para definir o que fazer.**
Vilarejo destruído. Carvalho queimado. Vestígios humanos. Rastros floresta adentro.
Sentinela na floresta (1). Torre de observação (2). Estrada até a cratera (armadilhas).
Descida até a cratera (caminho exposto, escalada)